"A criança não nasce no tempo zero da história. Ao nascer,
ela incorpora-se de imediato à sua cultura, com seus
símbolos, signos, mitos, ritos, hábitos, crenças e costumes. Aos poucos, vai compreendendo a realidade que a
circunscreve. Vivenciando o mundo, vai construindo o
seu “eu” mediante um embate constante entre o seu
universo, o dos outros e o dos objetos." (Pierre Vayer, 1977)
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Foto de Fernanda de Freitas Pereira |
Quando escolhemos trabalhar a partir do universo tão reconhecido de
Lewis Carroll, sabíamos que teríamos alguns desafios a frente em nosso trabalho. O primeiro deles seria resumir uma obra tão complexa em alguns poucos minutos de um espetáculo. O segundo seria superar as visões que a grande maioria dos espectadores (e nós mesmos como criadores) têm sobre essa história, com suas várias versões cinematográficas, teatrais e mesmo literárias.
Se por um lado "tudo" já parece ter sido feito com esta obra, percebemos que algumas ideias que temos sobre elas não passam de uma pequena parte de seu potencial "gerador" de signos e relações criativas. Dessa forma, optamos por "jogar" com todas as ideias que tínhamos pré-estabelecidas sobre as Alices de Carrol e também com a linguagem com a qual ele estabelece em seus dois livros utilizados para construir essa encenação.
A Alice construída pela Téspis Cia. de Teatro acredita no "jogo". Acredita na capacidade dos espectadores em construir, a partir das sugestões dadas pela encenação, sua própria versão da história e dos personagens. Acredita que a sugestão, em muitas ocasiões, pode ser mais interessante que a apresentação de uma imagem apresentada em sua totalidade.
Então, mergulhamos no universo das ressignificações. Utilizamos objetos cotidianos para adentrar o mundo da imaginação e mergulhamos junto com a personagem em um lugar em que todas as coisas não são exatamente o que parecem ser. Então, não se prenda a história, deixe-se afetar pelo universo nonsense de Lewis Carrol e mergulhe de cabeça nos elementos lúdicos que o jogo corporal dos atores pode lhe oferecer.
Release:
Conte até três e entre no jogo do novo espetáculo da Téspis Cia. de Teatro
Contada através da literatura, cinema e teatro por inúmeras vezes, adaptada de diversas maneiras para crianças e adultos, a imortal obra de
Lewis Carroll ganha uma nova leitura pela
Téspis Cia. de Teatro. Livremente inspirada em “
Alice no País das Maravilhas” e “
Alice através do espelho”, a Cia. de Itajaí tem a satisfação de apresentar o seu novo espetáculo para crianças de todas as idades:
Um, Dois, Três: Alice!
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Foto de Fernanda de Freitas Pereira |
Para reconstruir o universo fantástico criado por Carroll, a Cia. aposta na ressignificação dada para objetos comuns e cotidianos, encontrados facilmente na casa de qualquer pessoa. Além disso, através do jogo de cena apresentado pelos atores, o espetáculo abre um campo imaginário facilmente reconhecível nas brincadeiras infantis. Onde, nesse caso, todos podem ser Alice e correr atrás do coelho, ou ser o Chapeleiro Maluco e se deliciar com um pontual e inusitado chá das cinco. “
Se por um lado tudo já parece ter sido feito com esta obra, percebemos que algumas ideias que temos sobre ela não passam de uma pequena parte de seu potencial gerador de signos e relações criativas. Dessa forma, optamos por jogar com todas as ideias que tínhamos pré-estabelecidas sobre as Alices de Carroll e também com a linguagem com a qual ele estabelece em seus dois livros utilizados para construir essa encenação”, explica
Max Reinert, diretor do espetáculo.
A complexa obra de
Carroll é conhecida pelo sentindo nonsense e pela ambiguidade nas particularidades de cada personagem que Alice encontra em meio à sua aventura. Essa característica é potencializada e explorada dentro do processo de montagem do espetáculo. Aliás, essas são ferramentas que a Cia. utiliza para que o público se divirta através das situações inusitadas criadas nesse diálogo entre os atores e a própria obra de
Lewis Carroll. “
A Alice construída pela Téspis Cia. de Teatro acredita no jogo. Acredita na capacidade dos espectadores em construir, a partir das sugestões dadas pela encenação, sua própria versão da história e dos personagens. Acredita que a sugestão, em muitas ocasiões, pode ser mais interessante que a apresentação de uma imagem em sua totalidade”, completa Reinert.
Portanto, não se prenda a lógicas corriqueiras e nem a ideias pré-concebidas. Aceite o jogo e jogue com os atores através da corporalidade e dos elementos lúdicos utilizados em cena. Venha e mergulhe de cabeça dentro da toca do coelho. Deixe-se afetar pelas fantasias e maravilhas que Alice encontra em sua jornada. Aproveite porque o tempo é curto e corre feito um coelho e ao final de tudo a Rainha o aguarda para um jogo de críquete.
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Foto de Fernanda de Freitas Pereira |
Um, Dois, Três: Alice! estreou no auditório da
Casa da Cutura Dide Brandão de Itajaí em 29 de junho de 2013. Realizou apresentações no
Teatro Municipal de Itajaí, ainda em 2013, e participou dos seguintes eventos:
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FESTER - Festival Nacional de Teatro de Resende, RJ, em 2013.
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FESTE - Festival Nacional de Teatro de Pindamonhangaba, SP, em 2013.
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Téspis - 20anos - comemoração dos 20 anos da Cia, em 2013.
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Emcena Catarina - Projeto de circulação de espetáculos teatrais do SESC-SC, por 25 cidades do estado, em 2014.
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Maratona Cultural, em Florianópolis, SC, em 2014.
* Festival Nacional de Teatro de Chapecó, SC, em 2014.
* FITUB - Festival Internacional de Teatro Universitário de Blumenau, SC, em 2014.
* FITA Floripa - Festival Internacional de Teatro de Animação, SC, em 2014.
* FENATIB - Festival Nacional de Teatro Infantil de Blumenau, SC, em 2014.
* FETEL - Festival Nacional de Teatro de Lages, SC, em 2014.
* FENATA - Festival Nacional de Teatro de Ponta Grossa, PR, em 2014 (indicações para Melhor Espetáculo, Direção, Iluminação e Sonoplastia).
* FENTEPP - Festival Nacional de Teatro de Presidente Prudente, SP, em 2014.
* FECATE - Festival Catarinense de Teatro, em Concórdia, SC, em 2015.
* Floripa Teatro - Festival Nacional de Teatro Isnard Azevedo, em Florianópolis, SC, em 2015.
* FELISC - Festa da Literatura Infantil de Santa Catarina, em Itajaí, SC, em 2015.
* 4º FESTIBRA - Festival de Teatro para Infância de Brasília, DF, em 2015.
* 10º FENTEPIRA - Festival Nacional de Teatro de Piracicaba, SP, em 2015.
* 2ª BQ(n)Cena -Temporada de Teatro de Brusque, SC, em 2016.
Ficha Técnica:
Dramaturgia e encenação:
Max Reinert
Atuação:
Denise da Luz, Jônata Gonçalves e
Cidval Batista Jr
Figurinos:
Denise da Luz
Vídeos e animações:
Leandro de Maman
Operação técnica:
Emanuele Weber Mattiello
Cenotecnia:
Fer-Forge
Assessoria de Imprensa:
Jônata Gonçalves
Produção:
Téspis Cia. de Teatro
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Foto de Fernanda de Freitas Pereira |
Sinopse:
Livremente inspirado em "
Alice no País das Maravilhas" de
Lewis Carroll, esta montagem explora a ludicidade tanto no jogo corporal dos atores como no uso de objetos em cena. Para contar a aventura de Alice que mergulha em um mundo cheio de enigmas e fantasias, a
Téspis Cia de Teatro, lança mão de diversos elementos, como: cenários que se movem e se transformam em diversos ambientes, objetos de brinquedo que ajudam a compor os personagens e a utilização de projeção de vídeos. O Coelho Apressado, A Rainha de Copas, A Duquesa, A Lagarta, O Chapeleiro Maluco, Os Animais da Floresta, As Cartas de Baralho e Alice, encontram-se novamente para recontar essa história que tem mais de 150 anos, mas não deixa de encantar crianças e adultos.
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O que já se disse
"A partir da livre adaptação do clássico literário "Alice no País das Maravilhas", de Lewis Carroll, a Téspis Cia. de Teatro propõe uma encenação calcada no encantamento do universo nonsense deste grande autor, na potencialidade do jogo, da originalidade e da comicidade para a construção do espetáculo "Um, Dois, Três: Alice!!!".
É sabido que a natureza de toda obra clássica reside exatamente na possibilidade de sua fruição com as distintas gerações, no diálogo direto que mantém sempre atualizado com as questões mais pertinentes no espaço de suas diferentes perspectivas. Assim, dentro desse trabalho o "maravilhoso" se funde ao real desse século XXI.
Nessa encenação, proposta por Max Reinert, o universo de Alice é ressignificado aos nossos dias, sua heroína é pop, porém sem perder de vista a ambientação nonsense, os signos fortes no absurdo de nossa existência, a crítica perante nossa pseudo "civilidade". Nesse sentido, a aposta no faz de conta, na brincadeira, na ludicidade é extremamente favorecedora para o encantamento das crianças dentro desse colorido e vibrante jogo teatral. A construção cênica dos fortes signos dessa obra através das projeções, dentro de uma virtualidade que é também um torpor, bem como os praticáveis móveis do cenário e os múltiplos objetos caseiros que são reinventados, todos esses elementos são favorecedores para o estímulo da imaginação do púbico e para o mergulho no fantástico universo de Carroll, aqui interpretado em tom brincante, mas na construção de uma imagética que se opera na interatividade criativa e permanente com as crianças. Afinal, o país maravilhoso de Alice dentro dessa proposta reside exatamente no frenesi do louco mundo cotidiano, sempre tão acelerado. A ideia da caixa de música no início com as horas a findar e os personagens no jogo do monta e desmonta é uma sutil provocação muito bem arquitetada para o convite à redescoberta do livro dessa história.
Os atores Denise da Luz, Cidval Batista e Jônata Gonçalves respondem prontamente ao jogo e apresentam uma movimentação cênica que é reveladora da qualidade do registro da ação dramática em relação aos conteúdos subjacentes de Alice, plasmando o imaginário do Coelho Branco, da Rainha de Copas, do Chapeleiro Maluco, entre outros, com naturalidade à própria realidade cotidiana nas entradas e saídas das personagens e nas variações temporais dentro dessa narrativa. Desta forma, a relação entre os atuantes e a platéia resulta num jogo na transfiguração simbólica das situações reais que são geradas e recriadas a todo instante, nas possibilidades de linhas de fuga e de reconstrução e renovação das novas possibilidades desse frenético e contemporâneo país das maravilhas.
Enfim, "Um, Dois, Três: Alice!!!" é uma encenação que nos lança ao maravilhoso mundo de Alice, de forma despojada, alegre, cômica e criativa, a vibrar no corpo cênico dos atores e na emoção reveladora (amálgama de memória, vivência e imaginação) do universo irônico e surreal de Lewis Carroll. E quem sai ganhando são as crianças nesse teatro que é, antes de tudo, força revitalizadora para a vida brincante."
Fabio Mendes
Provocador do 36o FESTE
Pindamonhangaba/SP - Novembro de 2013
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Foto de Fernanda de Freitas Pereira
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"Um, Dois, Três: Alice!", um convite à brincadeira
Incentivar a brincar. Esse era o verdadeiro intuito do espetáculo ‘Um, Dois, Três: Alice’, apresentado nesta quinta-feira, dia 23, no Teatro Elias Angeloni, pela Téspis Cia de Teatro, promovido pelo Sesc. Direto de Itajaí, o trio, Denise da Luz, Max Reinert e Jônata Gonçalves, despertou no público infantil criciumense as risadas mais gostosas de ouvir, e encantou os olhos dos adultos com magia e criatividade.
‘Um, Dois, Três: Alice’ é um convite para transformar a história em uma brincadeira. Ou seja, utilizando roupas básicas e objetos simples para compor o figurino (como mata moscas, filtro de água, funil, toalhas, etc) os personagens trouxeram ao palco uma identificação direta com as crianças, mostrando a elas que para brincar, basta ter imaginação.
O espetáculo foi estreado em 2013, e desde então circula pelo país. De acordo com a atriz Denise da Luz, nunca tinham se apresentado em Criciúma com um público tão grande. “Sempre acho muito bacana vir à Criciúma, a plateia estava cheia: muitas crianças, famílias”, comenta.
Segundo ela, Alice foi escolhida pelo fato de ser uma história não linear. No espetáculo, os personagens eram identificados por todos: Alice, coelho, chapeleiro, rainha e as cartas. Os caminhos da floresta representados por um cenário móvel, que trouxe ainda mais dinamismo à peça. E o que mais chamou a atenção, foram os efeitos especiais com a utilização de um datashow.
Mostraram um pouco de como Alice, ou qualquer criança que queira brincar, é inocente, brincalhona e amável. “Essa é nossa impressão sobre Alice”, finalizaram os três sempre em sincronia.
Mariana Noronha para o Cultura Contada
Necessidades Físicas
Palco Italiano -
Caixa preta com as seguintes dimensões mínimas:
06 metros de largura, 07 metros de profundidade, 04 metros de altura, possibilidade de black-out
Iluminação
16 refletores PC 1000W, 04 refletores PAR 64 #2, 12 refletores Elipsoidais
Sonorização
CD Player, caixas com potência adequada para o local.
Transporte
05 pessoas (03 [três] atores e 02 [dois] técnicos)
Cenários são transportados com o grupo, há um pequeno excesso de peso.
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